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Consumismo infantil


Artigo originalmente na "Folha de São Paulo", em Março de 2007.

Como já havíamos discutido anteriormente o principal "alvo" do consumo são as crianças de nossa geração. Que acabam expostas ao consumismo devido a influência exercida pela mídia sobre elas. É obrigação dos pais e responsáveis dessas crianças estipularem limites na vida delas para que não se acostumem com o ato de consumismo exagerado, que querendo ou não estará sempre presente ao redor dessas crianças.




"Viver é consumir e consumir-se.
Só na morte não há consumo."

Vatter Rosa Borges

Doença!


Apesar da língua espanhola, pode-se compreender que o consumismo está tornando uma doença.

Descubra o que faz o consumismo ser uma tendência entre os jovens e quais fatores provocam este comportamento

Publicado em 18/11/2005 - 00:01


Por Lilian Burgardt

Imagine esta cena: você está parado diante de sua TV, e o que aparece na telinha é um comercial com jovens bonitos, em um belo dia de sol, namorando, rindo e curtindo a vida de um jeito que só eles sabem como fazer. Ao término da propaganda, aparece algo como: "a vida é hoje!", "aproveite agora" ou outro slogan qualquer que remeta a esta mesma idéia. Isto porque, o público-alvo dos comerciais é justamente o jovem, hoje a maior parcela entre os consumidores, já que, entre outros fatores, viaja mais, se diverte mais e, por conseqüência, gasta mais.

De olho neste filão, as campanhas publicitárias incentivam o imediatismo, a idéia de aproveitar a vida para não se arrepender do que podia ter sido e não foi. Elas apostam no comportamento de compra desenfreada, da compra por impulso, do consumo sem reflexão. É claro que nem todo jovem compra, gasta, viaja e se diverte porque simplesmente não pensa nas conseqüências. Mas é fato que, quanto mais jovem e inexperiente, mais facilmente se é influenciado a ter este tipo de comportamento.

Para especialistas, esta é uma realidade do mundo atual, diferente do passado, quando os jovens eram mais engajados e a sociedade também vivia um panorama distinto."Esta idéia de consumo faz parte de um mercado fast-food, onde tudo tem que ser feito, e rapidamente", diz o psicoterapeuta do Departamento de Psicologia da PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica de Campinas) Hipólito Carretoni Filho.

Segundo ele, este comportamento de consumo não se reflete apenas nas compras, mas no modo como os jovens encaram a vida hoje. "Note que se um bar novo abre todo mundo o consome até que apareça uma outra novidade. A juventude é levada pelas circunstâncias", ressalta. O psicoterapeuta defende que este comportamento tem se refletido também nas relações interpessoais. "Hoje, até a fidelidade deles é circunstancial. Mantém-se um grupo de amizades e um relacionamento até o momento em que eles oferecem determinadas `vantagens´. Depois, joga-se fora e parte-se para outra", destaca.

Outra questão que pode desencadear este tipo de relação com as compras é a forma como o jovem encara os processos de consumo. Segundo o professor do Grupo de Estudos do Consumo do Departamento de Psicologia da UnB (Universidade de Brasília) Jorge Oliveira Castro, há dois tipos de consumo que devem ser levados em consideração: o por atributos utilitários, ligado à funcionalidade do produto e de que forma ele pode facilitar seu dia-a-dia; e o consumo por valores simbólicos - neste caso, relacionado ao status que o produto pode fornecer como identificação com determinado grupo de pessoas ou prestígio perante a sociedade. "É justamente este segundo parâmetro que tem tido valor para estes jovens", declara o professor.

Carretoni Filho diz acreditar que este comportamento também pode ser desencadeado pelas relações de grupo. É importante que o jovem esteja atento aos fatores que o impulsionam a comprar: "Muitas vezes alguém de sua turma aparece com determinada pulseirinha. Aí lá vai o jovem atrás de uma pulseira igual para ficar na moda", diz.

Segundo ele, esta questão de auto-afirmação é muito perigosa porque, ao mesmo tempo em que pode desencadear um comportamento de consumo desenfreado, dependendo do tipo de grupo em que o jovem está inserido pode levá-lo a desenvolver ações muito mais prejudicais a sua saúde, como, por exemplo, o consumo de drogas e bebidas alcoólicas. "Jovens suscetíveis têm muito mais chances de experimentar álcool e drogas do que os jovens de `cabeça feita´", diz.

Consumista, eu?

Para Carretoni Filho, é muito fácil identificar um jovem consumista. "Geralmente eles querem freqüentar lugares populares e causar uma boa impressão. Assim, se vestem com roupas que seguem a última tendência, porque querem ver e ser vistos", diz.

No Brasil, este comportamento é identificado em grande parte dos jovens. Segundo pesquisa elaborada pelo Instituto Akatu, com base em estudo realizado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) com jovens de 24 países dos cinco continentes, os jovens brasileiros estão no topo dos mais consumistas, à frente de jovens franceses, japoneses, argentinos e americanos. Dos 259 entrevistados, de nove regiões metropolitanas no país, 37% apontaram as compras como um assunto de muito interesse no dia-a-dia. Para 78%, a qualidade é o principal critério de compra, seguido pelo preço.

A ala masculina poderia dizer que apenas as jovens fazem parte desta pesquisa. No entanto, os números mostram que os rapazes têm contribuído para engrossar as estatísticas. A diferença é o destino que cada um deles costuma dar a seu dinheiro, seja ele de mesada ou salário. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos/Marplan em oito capitais brasileiras, os meninos costumam gastar mais com CDs, DVDs e eletrônicos. Eles também acessam mais Internet e passam mais tempo no computador do que elas, que ainda preferem destinar sua renda para roupas, sapatos e artigos esotéricos, entre outros artefatos.

Veja, nos quadros abaixo como elas e eles preferem gastar seu dinheiro:

Para o professor da UnB, no entanto, é importante destacar que o impulso consumista, em alguns casos, pode se tornar uma doença. Aí, é importante que as pessoas mais próximas aos jovens que apresentam este tipo de comportamento dêem orientação para tirá-los do mau caminho. Deve-se entender ainda quando isto é reflexo de outros distúrbios, como por exemplo depressão e ansiedade. "As mulheres brincam muito com esta questão: `estou deprimida e vou para o shopping´. Mas isso pode, de fato, tornar-se uma fuga", revela Castro. Isto porque euforia ao realizar as comprar é uma característica dos consumistas de plantão.

Vale o preço que se paga?

No fim das contas, você pode se perguntar, mas quanto custa essa brincadeira, já que andar na moda não é barato e, tampouco, estar nos lugares badalados? "Posso dizer que sai caro tanto para os jovens que trabalham para pagar suas dívidas como para os pais que bancam o consumo dos filhos", afirma Carretoni Filho. Segundo ele, o jovem consumista é aquele que anda sempre endividado, no vermelho, usa todas as formas possíveis para pagar as contas e, ainda assim, não consegue frear o desejo de ter, de comprar. "Há casos, em que estes jovens mobilizaram a família toda, incluindo tios e avós, para ter o presentinho que tanto querem. Ou, quando trabalham, incorporam o limite (do cheque especial) ao seu salário sem pensar nos prejuízos futuros com o acréscimo dos juros", diz.

Para estes jovens, ficam as seguintes dicas dos especialistas: "Antes de comprar, pare e se pergunte: eu preciso mesmo disso? Qual será o valor agregado disso para mim?", destaca Castro. Já Carretoni Filho é mais enfático: "Deixar os talões de cheque e cartões de crédito em casa são boas alternativas. Além disso, fazer listas de compras priorizando os elementos mais úteis também pode ajudá-los a se controlar antes de sair por aí gastando", afirma.

Neste aspecto, embora Castro - especialista em consumo - afirme que não há estudos que façam ligação entre as diversas opções de pagamento que o consumidor tem acesso ao número de dívidas que ele pode fazer, certamente esta é uma alternativa utilizada pelo comércio para seduzir e incentivar as vendas. "Acredito, porém, que se o consumidor perguntar a si mesmo se precisa do produto ele poderá sair com qualquer opção de pagamento no bolso que não será levado a comprar por impulso. É preciso ter autocontrole em primeiro lugar", conclui.

Fonte:http://www.universia.com.br

Jovens consumistas

Pesquisa coloca jovens brasileiros entre os mais consumistas do mundo. Saiba o que influencia este tipo de comportamento, quanto e como gastam estes jovens

Publicado em 18/11/2005 - 00:01

Uma pesquisa realizada no Brasil pelo Instituto Akatu, com base em estudo da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) com jovens de 24 países dos cinco continentes, coloca os jovens brasileiros no topo dos mais consumistas. Dos 259 entrevistados, de nove regiões metropolitanas no país, 37% apontaram as compras como um assunto de muito interesse no dia-a-dia. Para 78% deles, a qualidade é o principal critério de compra, seguido pelo preço.

fonte:http://www.universia.com.br


Uma das principais causas de ansiedade da sociedade atual, chamada de “pós-moderna”, é a pressão do consumismo. Somos induzidos a todo tempo e de várias formas a consumirmos mais e mais. Por vezes, coisas legítimas nos são oferecidas para consumo, o problema está na uma inversão de valores. Aquilo que é secundário passa a assumir condição de prioritário, imprescindível e urgente. Bem sabemos que nem tudo o que é importante é urgente. A “tirania do consumismo” não é privilégio da era atual, mas hoje com certeza sua pressão é muito mais forte. Precisamos refletir sobre o consumismo em nossas vidas. Eis duas lições ou dicas muito importantes para nossa reflexão sobre o tema: 1 – aprender a não se deixar dominar pelo consumismo; 2 – ter boa qualidade de vida está diretamente relacionado ao trabalho, ao planejamento e ao investimento, e não ao consumo. As leis do mercado nos impingem um consumismo desenfreado e sua perversidade compromete a qualidade de vida. O consumismo aponta para um futuro que ainda não existe, com coisas que são legítimas, mas não prioritárias.
extraído de:http://pimentanegra.blogspot.com


O nome de nosso blog é a contração da palavra Consumo, principal assunto discutido, e da palavra Fome que abre um leque de interpretações em relação a palavra chave: O ato de consumir exageradamente, e sempre ter necessidade de ter mais; "Fome de consumir!". O consumo tráz a desigualdade social desincadeando a miséria uma situação que o maior problema é a Fome.


Sou classe média
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média
Compro roupa e gasolina no cartão
Odeio “coletivos”
E vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos
Estou sempre no limite do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo um pacote cvc tri-anual
Mais eu “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado
É camelo, biju com bala
E as peripécias do artista malabarista do farol
Mas se o assalto é em moema
O assassinato é no “jardins”
A filha do executivo é estuprada até o fim
Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa
De implantar pena de morte, ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado concordo e faço passeata
Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal
Porque eu não “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida



bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de que?
você tem fome de que?
a gente não quer só comida
a gente quer comida, diversão e arte.
a gente não quer só comida,
a gente quer saída para qualquer parte.
a gente não quer só comida,
a gente quer bebida, diversão, balé.
a gente não quer só comida,
a gente quer a vida como a vida quer.

bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de que?
você tem fome de que?
a gente não quer só comer,
a gente quer comer e quer fazer amor.
a gente não quer só comer,
a gente quer prazer pra aliviar a dor.
a gente não quer só dinheiro,
a gente quer dinheiro e felicidade.
a gente não quer só dinheiro,
a gente quer inteiro e não pela metade.
bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de que?
você tem fome de que?

Como podemos analizar, a música de Marisa Monte diz que nós não estamos satizfeitos
com o que temos e sempre necessitamos de mais e mais.Essa é uma causa do mundo consumista
principalmente da mídia que nos "joga" as propagandas dizendo que presisamos ter o produto
e esquecem da desigualdade social, das pessoas que não tem nem o basico.

Geração Coca-cola

Legião Urbana

Composição: Renato Russo / Fê Lemos

Quando nascemos fomos programados
A receber o que vocês
Nos empurraram com os enlatados
Dos U.S.A., de nove as seis.

Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial
Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola

Depois de 20 anos na escola
Não é difícil aprender
Todas as manhas do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser

Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola

Depois de 20 anos na escola
Não é dificil aprender
Todas as manhas do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser

Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-cola
Geração Coca-cola
Geração Coca-cola
Geração Coca-cola



A música trata de forma direta a indignação da geração daquela época pela influência estrangeira pela televisão, cinema e cultura em geral. Na época desta música era comum a programação conter somente séries (chamadas de "enlatados") durante praticamente toda programação, tendo como espaço de programação nacional somente o horário das novelas e telejornais.
O termo "geração coca-cola" refere-se justamente à essa influência estrangeira, e a fome sobre o consumo.
Como o Legião Urbana era um conjunto de rock, ritmo estrangeiro, ele se refere a ter pego "todas as manhas do seu jogo sujo".



O consumismo gera uma maior demanda de matéria prima (para produção de um bem de consumo desnecessário), causando uma maior degradação da natureza. O objeto substituído vira lixo, aumentando as montanhas de lixo nos lixões. Para o transporte dos novos produtos, é necessário o combustível, que polui extremamente o meio ambiente. E, finalmente, o consumismo gera a poluição nas cidades (panfletos, outdoors e os "insuportáveis" carros de som) e a poluição de mentes inocentes, vai dizer que vc nunca ouviu uma criança, numa loja, gritando: "eu quero, eu quero!!", que não raramente se transforma em estratificação da sociedade entre os que podem e os que não podem consumir.
Resumindo, o consumismo é a consequência mais imediata desse sistema capitalista, que visa apenas a manutenção dos impérios do norte e está levando à destruição de nosso planeta.
Digam não ao consumismo, digam não a poluição.




Nunca se vendeu tanto para crianças como nos dias de hoje.
As crianças foram descobertas pelo mercado como indivíduos com um enorme poder aquisitivo, grande poder de decisão no lar e extremamente fáceis de serem abordados. As campanhas voltadas para as crianças tornam-se freqüentes e cada vez mais ferozes, apelando muitas vezes para definições preconceituosas e medos infantis ou adolescentes.
Quando uma criança é questionada sobre o que gostaria de comprar, a resposta vem rápida e sem rodeios: brinquedos, roupas, o tênis da moda ou aquele joguinho de computador que acabou de ser lançado. Algumas até arriscam palpites mais ousados, como celulares e tocadores de MP3.

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